NÃO HÁ RISCO DE RACIONAMENTO DE ENERGIA NA REGIÃO, GARANTE DIRETOR DE OPERAÇÃO DA CHESF

Segundo o diretor de Operações da Chesf, José Ailton Lima, não há risco de racionamento de energia na região. Em 2001, houve racionamento de energia e Sobradinho estava com 5% da sua capacidade

O reservatório de Sobradinho passou a operar com 9,6% da sua capacidade no último domingo. Maior reservatório do Nordeste, é responsável por quase 60% de toda a água que pode ser usada para gerar energia na Região. “Mesmo que Sobradinho fique com zero (de água), não há risco de racionamento de energia (na Região)”, diz o diretor de Operações da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf), José Ailton Lima. Em 2001, houve racionamento de energia e Sobradinho estava com 5% da sua capacidade.

Segundo José Ailton, é possível trazer até 3,5 mil megawatts médios de energia do Norte e até mil MW médios de do Sudeste. “Atualmente, mil MW médios estão vindo do Norte”, conta. Além disso, as eólicas que se implantaram no Nordeste estão gerando mais energia. “Também existem as térmicas que foram implantadas para gerar energia num período crítico de chuvas”, complementa.

Ele argumenta que o fenômeno climático El Niño geralmente provoca estiagem no Nordeste, mas resulta em chuvas no Sudeste. A água do São Francisco vem de Minas Gerais, Estado que faz parte do Sudeste. 

Na opinião dele, a maior consequência da diminuição da quantidade de água no reservatório de Sobradinho seria a paralisação da hidrelétrica de Paulo Afonso. Geralmente, o período seco do São Francisco vai até novembro.

Há dois meses, a previsão era de que Sobradinho chegasse em dezembro com 5% da sua capacidade. “Pode ficar com um pouco menos que 5%”, revela José Ailton.

A vazão ambientalmente correta de Sobradinho seria de 1,3 mil metros cúbicos por segundo. No entanto, a vazão vem sendo reduzida, constantemente, desde 2012 devido à estiagem com a finalidade de poupar água para gerar energia. No último domingo, estavam chegando a Sobradinho 490 metros cúbicos (de água) por segundo e sendo liberados 927 metros cúbicos por segundo.

A diminuição da vazão está trazendo muitas despesas para irrigantes instalados nos perímetros irrigados que dependem do São Francisco e estão tendo que buscar a água numa distância maior. 

Em 2001, houve racionamento porque as condições do sistema elétrico brasileiro eram diferentes das atuais. Na época, o Nordeste quase não podia receber energia por falta de linhas de transmissão, também não existiam térmicas suficiente para gerar a energia que a região precisava. Os atuais parques eólicos – que hoje complementam a geração de energia na Região – também não existiam.

Do JC-online
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