A Valexport – Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco – divulgou nesta quarta-feira (16) uma carta aberta em apelo aos governos do Brasil e dos Estados Unidos, às embaixadas, ministérios e órgãos de comércio exterior, para evitar os efeitos da nova tarifa de 50% imposta pelos EUA sobre frutas brasileiras. A medida, que entra em vigor em menos de três semanas, ameaça a safra de manga e uva de 2025, prestes a começar.
No documento, a entidade cobra a retomada imediata do diálogo técnico e diplomático, alertando para o risco de colapso da cadeia produtiva. “É imperativo encontrar uma solução que permita a manutenção do fluxo de exportações, a preservação dos empregos, e o respeito ao esforço de milhares de famílias e empresas comprometidas com a produção sustentável de alimentos”, afirma José Gualberto de Almeida, presidente da Valexport.
A fruticultura irrigada da região, segundo dados da Embrapa e do ComexStat, movimenta cerca de US$ 500 milhões anuais, sendo a manga o principal item exportado do setor. A atividade gera aproximadamente 250 mil empregos diretos e 950 mil indiretos, o que representa quase 1,2 milhão de pessoas diretamente impactadas por essa cadeia produtiva.
A Valexport ressalta que a imposição da nova tarifa inviabiliza as operações logísticas e comerciais com os EUA, maior destino das frutas da região.
Com a exportação comprometida, os produtores temem o acúmulo da produção e o redirecionamento para o mercado europeu e interno, que não têm capacidade de absorver o volume. O resultado, segundo a associação, seria a queda nos preços, inviabilidade econômica e desemprego em massa.
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